quarta-feira, 30 de junho de 2010

Confissões

Tenho o péssimo hábito
de despertar amores.
Não sei o que se passa
na cabeça dos homens...
Fazem mil declarações cafajestes,
que se eu fosse mais ingênua
cairia como uma tonta!
Parodeando um certo poema,
não sou tão irresistível
que não possa sofrer,
nem tão romântica
que não possa enganar.
Mas sou paixão acima de tudo.

domingo, 6 de junho de 2010

Dúvida

Frágil a ponto de ser inquebrável,
pois já não há o que despedaçar...
Derradeira vontade em vão
de ainda tentar divagar.
O que era crença transborda
do cálice da certeza absorta
e derrama sobre a dúvida,
eterna e indissoluta...

O nada

Senti que estava vazia.
Minha alma fugira,
meu corpo se esvaía
enquanto eu sonhava:
fez-se em mim o nada.

Silêncio

Como se não bastasse o frio,
o silêncio invadiu minha casa.
Trouxe a solidão consigo.
É absurdo sentir desejo
quando o nada é o que se tem?
Não... mas é inútil.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Versos banais

Encontrei um escrito forjado
como se fosse verdade.
Apenas versos banais,
uma bobagem de poema.
Algumas das palavras
que dediquei a ninguém.