quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Cores caras

Não escreva para mim,
embora eu escreva.
Uso cores claras,
se possível transparentes.
Essas cores me são caras,
pois só vê quem pode
e não quem quer...
Ao vivo, mudo o tom:
peso na tinta.
Se não escurecer, apareço.
E se apareço, o mistério se desfaz.
E desfeito o mistério,
não há o que escrever.

09/08/08

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