Érato, a amável
Sou Érato, meu poeta,
a musa que te inspira .
Sei que me desejas,
mas a mim nunca terás!
Beleza que ofusca teu olhar,
mas atiça tua imaginação,
aclara o teu pensar
e governa tua ação.
Sou a amável, a lírica,
a própria poesia que me rendes.
Fazes poemas de amor e de guerra...
Escreves, depois te arrependes!
Amor, porque me queres.
Guerra, pois não me tens.
Eu sou de todos os poetas,
sem sequer ser de alguém.
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